21 de junho de 2009


20 de junho de 2009

É uma pena que após mil primaveras eu tenha voltado a este inverno.

O louco

No pátio de um manicômio encontrei um jovem com rosto pálido, bonito e transtornado.
Sentei-me junto a ele sobre a banqueta e lhe perguntei: - “Por que você está aqui?”
Olhou-me com olhar atônito e me disse:- “É uma pergunta pouco oportuna a tua,mas vou respondê-la.
Meu pai queria fazer de mim um retrato dele mesmo, e assim também meu tio.
Minha mãe via em mim a imagem de seu ilustre genitor.
Minha irmã me apontava o marido, marinheiro, como o modelo perfeito para ser seguido.
Meu irmão pensava que eu devia ser idêntico a ele: um vitorioso atleta.
E mesmo meus mestres, o doutor em filosofia, o maestro de música e o orador, eram bem convictos:cada um queria que eu fosse o reflexo de seu vulto em um espelho.
Por isso vim para cá.Acho o ambiente mais sadio.Aqui pelo menos posso ser eu mesmo”.


(Kahlil Gibran. Para além das palavras)

14 de junho de 2009

Valores humanos

Olá, minha gente, minha semana temática em homenagem ao dia dos namorados acabou, e muita coisa aconteceu, comecei a ministrar aulas no pro-jovem, são 15 horas por semana fora os meus cinco estágios (vejam bem a situação em que vivo), de segunda a quinta quatro horas diárias de aula, pra quem só usava 50 minutos estou sofrendo pra caramba, o que me trouxe a este post é a aula de amanhã o conteúdo a ser trabalhado é sobre valores humanos, baseado no Programa de Educação em Valores Humanos desenvolvido pelo Sai Baba, Segundo esse programa, são cinco os principais valores humanos a serem trabalhados para a edificação do caráter: Verdade, Ação Correta, Paz, Amor e Não-violência.

Os valores humanos devem ser passados ao estudante através de histórias, contos, reflexões, canções, poemas e outras atividades que reforcem o tema proposto no dia e o estimulem a refletir sobre os valores e a vivenciá-los na prática de seu dia-a-dia, pois é, vamos falar sobre a verdade, a ação correta, a paz, o amor e a não violência, e mais do que falar é tentar vivê-los a cada dia.




Saiba mais:

http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=794
http://www.valoreshumanos.org/
http://www.humanvalues.org/capitulo_1_programa.htm

11 de junho de 2009

Eu já conhecia a lenda de Narciso, era um belo rapaz que todos os dias ia contemplar a sua própria beleza num lago. Estava tão fascinado por si mesmo que certo dia caiu dentro do lago e morreu afogado. No lugar onde caiu, nasceu uma flor, que chamaram de narciso.

Mas essa história tem um final diferente. Dizia que quando Narciso morreu, vieram as Oréiades - deusas do bosque - e viram o lago transformado, de um lago de água doce, num cântaro de lágrimas salgadas.- Por que choras? - perguntaram as Oréiades- Choro por Narciso - disse o lago- Ah, não nos espanta que chores por Narciso, afinal de contas, apesar de todas nós sempre corrermos atrás dele pelo bosque, tu eras o único que tinha a oportunidade de contemplar de perto a sua beleza.- Mas Narciso era belo ? - perguntou o lago- Quem mais do que tu poderia saber disso? - responderam, surpresas, as Oréiades.- Afinal de contas, era nas tuas margens que ele se debruçava todos os dias.

O lago ficou algum tempo silencioso e por fim disse:- Eu choro por Narciso, mas nunca tinha percebido que Narciso era belo. Choro por Narciso porque todas as vezes que ele se debruçava sobre as minhas margens eu podia ver, no fundo dos seus olhos, a minha própria beleza refletida.

9 de junho de 2009

Deusa do sal

Conta uma lenda que em uma ilha longínqua vivia uma solitária deusa de sal.
Ela era apaixonada pelo mar. Passava dias, noites, horas na praia observando o balanço de suas ondas, sua beleza, seu mistério, sua magnitude.

Um desejo enorme começou a apossar-se do seu coração: experimentar toda aquela beleza. Esse desejo ia aumentando até que um dia a deusa resolveu entrar no mar. Logo que ela colocou os pés no mar, eles sumiram, derreteram-se. Encantada com o mar, ela seguiu em frente e logo após suas pernas e coxas não mais existiam.
A deusa, entretanto, seguiu adiante, sentindo partes do seu corpo derretendo-se, até ficar apenas com o rosto do lado de fora.

Uma estrela que observava tudo falou:

- Linda deusa, você vai desaparecer por completo. Daqui a pouco você não mais existirá.
A água do mar desfazia o rosto da deusa, mas ela respondeu fazendo um esforço:

- Continuarei existindo, porque agora eu sou o mar também.

8 de junho de 2009

Orfeu e Eurídice

Um dos mitos mais populares é o de Orfeu. Ele teria sido o mais talentoso dentre todos os músicos. Orfeu era filho da musa Calíope e, segundo alguns, do deus Apolo, que presenteou o filho com uma lira. Quando Orfeu a tocava, os pássaros paravam para escutar, os animais selvagens perdiam o medo e as árvores se curvavam para pegar os sons que o vento trazia.Orfeu se apaixonou pela bela Eurídice e se casaram. Ela era tão bonita que despertou o interesse de outro homem, Aristeu. Depois de recusar Aristeu, este passa, contudo, a persegui-la. Durante a fuga, Eurídice tropeça em uma serpente. O animal pica Eurídice - e, sob o efeito do veneno, a jovem morre.

A dor de Orfeu foi avassaladora, e ele não a podia suportar. Resolveu descer ao reino da Morte e trazer Eurídice de volta. Quando Orfeu chega perante Hades, o deus do submundo fica muito irritado ao ver que um vivo conseguira penetrar no mundo dos mortos, mas a música de Orfeu o comove. Perséfone, que estava com Hades, o convence a atender ao pedido do músico.

Chamaram Eurídice e devolveram-na a Orfeu, mas com uma condição: ela o seguiria de perto, mas ele não deveria olhar para trás enquanto não chegassem à superfície terrestre. Assim, passaram os dois pelos grandes portões do Hades e tomaram a estrada que, sempre subindo, os levaria para fora da região das trevas. Ele sabia que Eurídice estaria logo atrás dele, mas deixou-se tomar por um desejo incontrolável de olhar de relance, para certificar-se de que ela realmente ali estava. Mas percebeu que estavam quase chegando, pois a escuridão começava a transformar-se em luz cinzenta; e de um passo saiu das trevas, rejubilando-se com a luz do dia.

Voltou-se então, mas o fez cedo demais: Eurídice ainda estava dentro da caverna. Orfeu viu-a na penumbra, e estendeu-lhe os braços para ver se a agarrava; mas no mesmo instante ela desapareceu. Deslizava de novo para o mundo das trevas. Ele ouviu apenas uma palavra distante: "Adeus."

Desesperado, tentou correr atrás dela e seguí-la, mas foi proibido de fazê-lo. Os deuses não permitiriam que ele entrasse no reino dos mortos pela segunda vez enquanto ainda estivesse vivo. Foi obrigado a voltar sozinho para a Terra, mergulhado em profunda desolação.



FONTE:

http://www.geocities.com/Athens/Styx/4087/orfeu.html

http://educacao.uol.com.br/artes/orfeu-e-euridice.jhtm

7 de junho de 2009

O UIRAPURU


Duas índias muito amigas, viviam andando juntas para todos os lados, desde o amanhecer até ao entardecer. Um dia as duas viram um jovem cacique, muito bonito, e ambas se apaixonaram por ele, sem dizer nada uma à outra. Apenas deram a entender que estavam apaixonadas, mas sem dizer por quem. O tempo foi passando até que um dia revelaram a verdade uma à outra, sendo que ambas ficaram estupefatas com o fato de amarem o mesmo homem. Decidiram que deixariam o cacique decidir, e a preterida se conformaria.

A história do amor das duas se espalhou pela aldeia, e os mais velhos resolveram perguntar ao cacique qual das duas ele amava. O cacique, envergonhado, respondeu que gostava das duas. Como não era permitido casar-se com as duas, ficou decidido que haveria um concurso de arco e flecha entre as duas no dia seguinte. No dia seguinte, o cacique avisou que aquela que conseguisse acertar a ave indicada por ele, em pleno vôo, se tornaria sua esposa. Quando uma ave muito branca passou voando alto, o cacique disse: - É essa! As duas atiraram, mas somente uma acertou.

A que perdeu parecia conformada, mas aborrecida. O casamento foi realizado. A índia que perdeu foi ficando cada vez mais triste. Procurou um lugar distante e começou a chorar. Chorou tanto, que suas lágrimas se transformaram num riacho. Tupã, ao perceber tanta tristeza, aproximou-se, e a moça contou-lhe tudo. Tupã lembrou-lhe que saber perder é uma vitória, ao que a moça lhe disse que o que mais a afligia era a saudade que sentia da amiga e do cacique, mas que não tinha coragem de vê- los, pois perceberiam sua tristeza. Perguntou a Tupã se não podia transformá-la em pássaro, pois assim poderia observá-los sem que eles soubessem.

Compadecido, Tupã fez-lhe a vontade, e no lugar em que a moça estava surgiu um passarinho de aparência tão simples, que não chamava a atenção. O pássaro voou até a oca do cacique, e ficou ainda mais triste ao vê-los tão felizes. Tupã compadeceu-se novamente, chamou o passarinho e lhe disse: - De agora em diante, você será o uirapuru. Seu canto será tão bonito que a fará esquecer a própria tristeza. Quando os outros pássaros a ouvirem, não resistirão, e ficarão em silêncio. E assim é, até hoje: quando o uirapuru canta, os pássaros em volta se emudecem para ouvir seu belíssimo canto...


Fonte:
http://pt.shvoong.com/humanities/1729166-lendas-brasileiras-uirapuru-amaz%C3%B4nia/

3 de junho de 2009

Identidade

Às vezes nem eu mesmo
Sei quem sou.
Às vezes sou
"o meu queridinho"
Às vezes sou
"moleque mal criado"
Para mim
Tem vezes que sou rei,
herói voador,
cowboy lutador,
jogador campeão.
Às vezes sou pulga,
Sou mosca também,
que voa e se esconde
de medo e de vergonha
Às vezes sou Hércules, Sansão Vencedor,
peito de aço,
goleador.
Mas o que importa.
o que pensam de mim?
Eu sou quem sou, eu sou eu,
sou assim,
sou menina.

PEDRO BANDEIRA
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