29 de novembro de 2015

Terapia Familiar Sistêmica

   A Terapia familiar é um método psicoterapêutico que utiliza como meio de intervenção sessões conjuntas com os diversos elementos de um sistema familiar, não é uma terapia da família, mas com a família, aqui o conceito de família é usado em sentido lato, englobando todos os elementos significativos do contexto em que se vai centrar a intervenção, considerando a família como uma unidade vital e duradoura importante para o indivíduo devido aos laços biológicos e emocionais que a caracterizam e as regras especificas que governam as suas relações.

   Em terapia familiar sistêmica a família é definida como um sistema, isto é, um conjunto de elementos ligados por um conjunto de relações em continua relação com o meio exterior, mantendo o seu equilíbrio interno no decurso de um processo de desenvolvimento complexo, com crises regulares que exigem um reajustar flexível do conjunto das regras que regulam o funcionamento do sistema familiar.

Os princípios fundamentais da terapia familiar sistêmica são:

-A família é um sistema aberto, em relação dinâmica com a comunidade circundante, com duas tendências fundamentais: a tendência para a homeostasia, através da qual mantem o seu equilíbrio, e a tendência para a transformação, pela qual a família desenvolve processos de adaptação e mudança no decurso das suas crises regulares.
.
- Quando existe um elemento portador de um sintoma psicológico, deve ser considerado no seu contexto familiar e social, como sinal de uma homeostasia perturbada no sistema. Este elemento e tratado em sessões conjuntas com a sua família e/ou elementos significativos do seu universo relacional.

- A etiologia dos sintomas psiquiátricos é função de um campo de transações complexo, em que a causalidade é substituída pela probabilidade e por um determinismo estruturado, multifatorial e oposto ao reducionismo monocausal tradicional;

- O diagnóstico é um diagnóstico sistêmico, no qual não é esquecido o papel do terapeuta que também se comete na análise do conjunto.



Quando está indicada uma terapia familiar?

-Sempre que houver uma perturbação no sistema biopsicossocial humano (casal, família, empresa, grupo de trabalho, etc.). Torna-se, contudo, necessário que o sistema em causa aceite a intervenção e haja um ou vários terapeutas treinados no trabalho sistêmico

- Sempre que através do relato de um indivíduo o terapeuta pressinta a disfunção do sistema familiar (o clássico padrão do bode expiatório);

-Sempre que o problema apresentado o seja em termos de interação, como por exemplo, nos casos de conflito marital, problemas pais-filhos no contexto da adolescência, crise familiar após separação ou morte, etc.;

- Em situações patológicas em que seja evidente a importância de trabalhar o sistema relacional do indivíduo portador do sintoma, como única forma de quebrar a cadeia de interações que o perpetua, como nos casos de sintomas fóbicos, anorexia mental, alcoolismo, asma brônquica, tentativa de suicídio juvenil, etc.

  A terapia familiar está contraindicada sempre que exista oposição de toda a família ou mesmo de um elemento significativo desta. Uma avaliação rigorosa da situação do sistema pode levar a contraindicação da intervenção, por poder precipitar uma descompensação para um dos seus membros.


 Fonte: 
Sampaio, Daniel. Terapia Familiar sistêmica: Um novo conceito, uma nova prática. Disponível em

27 de novembro de 2015

Psicologia Humanista e Gestalt-Terapia

O humanismo é um movimento cultural europeu surgido no século XIV, sendo aplicado a qualquer filosofia que coloque o homem no centro de suas preocupações, ou enquanto adjetivo aplicável a outro movimento como a psicologia humanista que nasce com a bandeira de revalorização do ser humano.

Sobre a psicologia humanista ela se estabelece no ambiente acadêmico norte americano no pós guerra a partir da insatisfação sentida face a dois conjuntos teóricos  mais importantes da psicologia na época o behaviorismo e a psicanálise, não no sentido de negar suas descobertas mas percebendo que sua visão de homem mecanicista e pessimista respectivamente não condizia com as necessidades da época.


Enquanto o humanismo acredita que existe no ser humano um potencial, um impulso para o crescimento, e que o homem é responsável pela sua vida e autorrealização.

A psicologia humanista possui os seguintes postulados:

a)  uma pessoa é mais que a soma de suas partes:

Esse é um dos princípios da psicologia da Gestalt que é uma das teorias de base da Gestalt-terapia que reafirma que existem totalidades cujo comportamento não é determinado pelos seus elementos individuais.

      b)  Nós somos afetados por nossas relações com outras pessoas;

A gestalt- terapia dá muita ênfase à relação, ao contato, sobre o contato Perls(1977) esclarece “que o organismo tem tanta necessidade psicológica como fisiológica de contato, ela é sentida cada vez mais que o equilíbrio psicológico é pertubado”(p. 22), e este contato ocorre na fronteira de contato entre o eu-não eu num campo onde o todo e as partes estão em relacionamento imediato, e reagem umas às outras, e nenhuma deixa de ser influenciada.



      c)  O ser humano é consciente;

O pilar da prática clínica do Gestalt- terapeuta é que ele procura observar o que é trazido pelo cliente, o fenômeno em si, respeitando a visão do cliente no aqui-agora

      d)  O ser humano possui livre-arbítrio;

O homem na Gestalt-terapia é olhado como um ser livre e responsável por sua própria existência, essa é uma das premissas do existencialismo, Satre é um dos maiores representantes do existencialismo e afirma na sua famosa frase que a existência precede a essência , ou seja, é preciso primeiro existir e a partir daí definir-se, essa definição ocorre a partir das suas escolhas, sua vivência e experiência única de ser na sua singularidade sem esquecer que essa escolha afeta o mundo onde vive, por isso o homem concebido pelo existencialismo de Satre, é um homem que tem responsabilidade por si mesmo e pelo outro

 e) O ser humano tem intencionalidade

O Gestalt – Terapeuta observa o fenômeno, buscando ao apreendê-lo libertar-se de todas e quaisquer referências anteriores da maneira mais livre possível da subjetividade do observador devido a essa influência temos uma teoria Gestáltica com ênfase no como sobre o porquê, com a visão de um mundo de forma subjetiva, dependendo de um todo interrelacional entre o terapeuta e cliente no aqui-agora

Referências:

AMATUZZI, M. M. O significado da psicologia humanista, posicionamentos filosóficos implícitos. Arq. bras. set./nov. , Psic., Rio de Janeiro,  1989. Disponível em < http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/abp/article/view/21723> Acesso em 04 de out. 2015.

KIYAN, A. M. (2001). E a Gestalt emerge: vida e obra de Frederick Perls. São Paulo: Altana.

PERLS, F. S. A Abordagem Gestáltica e Testemunha Ocular da Terapia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.

Acesso 01 de Out. 2015

Acesso 01 de Out. 2015

25 de novembro de 2015

Gestão de Pessoas -Processo de agregar pessoas

No processo de agregar pessoas temos o recrutamento e seleção primeiro observamos o recrutamento e para realizá-lo precisamos fazer uma pesquisa de mercado para identificar o funcionamento do mercado de trabalho e do mercado de recursos humanos, depois precisamos fazer com que as pessoas saibam que a vaga está aberta, neste momento temos o “processo chamado recrutamento, que é, em suma, o processo de convidar, chamar, atrair os candidatos para o processo seletivo”( RIBAS, SALIM,2013,p.138).

No recrutamento temos o interno, externo e misto, o interno é quando o preenchimento das vagas e oportunidades é feito pelos funcionários atuais, externo, quando são preenchidas por candidatos externos e misto, quando ocorre os dois tipos de recrutamento anteriores.

São técnicas clássicas de recrutamento: anúncios em jornais e revistas especializadas; agências de recrutamento; contatos com escolas, universidades; cartazes ou anúncios em locais visíveis; por indicação de funcionários; contratação de caçadores de talentos (headhunters); recrutamento online e programas de trainees.


Um trabalho especializado em recrutamento é o Headhunting :

O headhunting consiste numa abordagem direta por parte de um consultor a um conjunto de potenciais candidatos, visando a despertar o seu interesse por uma nova oportunidade profissional, tendo como objetivo a identificação do profissional que, num dado momento, reúne as condições para integrar com sucesso a organização promotora
do recrutamento, encara os desafios colocados e está capacitado para concretizar os objetivos a ele propostos.( id, p.146)


Posterior ao recrutamento temos a seleção de pessoas que é uma espécie de filtro que permite que algumas pessoas possam ingressar na organização, isto é, aquelas que apresentam características desejadas pela organização, a seleção possui três modelos:

·         Modelo de colocação: neste há somente um candidato e uma vaga,
·         Modelo de seleção: quando há vários candidatos e apenas uma vaga a ser preenchida, o mais apto é selecionado.
·         Modelo de classificação: existem vários candidatos para cada vaga e várias vagas para cada candidato.
·         Modelo de agregação de valor: o candidato é admitido se suas competências individuais ajudarem a incrementar as competências organizacionais.

As técnicas de seleção são agrupadas em cinco categorias:

1.    Entrevista de seleção: Dirigida e livre
2.    Prova de conhecimentos ou de capacidades: Gerais e específicas
3.    Testes psicológicos: Testes de aptidões gerais e específicos.
4.    Testes de personalidade: Expressivos – PMK; Projetivos – Rorscharch, Teste da árvore, TAT; Inventários – de motivação e de interesses e outros
5.    Técnicas de simulação: Psicodrama, dramatização, dinâmica de grupo e etc.

O processo de agregar pessoas é importante para organização pois é por ele que se adquire seus ativos organizacionais, depois da seleção há uma avaliação de resultados e outros processos acontecerão como trabalhar a cultura e socialização organizacional e treinamento e desenvolvimento.




Referências:


CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. Rio de janeiro: Elsevier, 2010.

RIBAS, A. L. SALIM, C. L. Gestão de pessoas para concurso. Alumnus, 2013

23 de novembro de 2015

Gestão de Pessoas- As pessoas na Organização


Para Chiavennato (2010) a gestão de pessoas é formada por pessoas e organizações em que aquelas dependem destas para alcançar o sucesso, separar o trabalho da existência da pessoa é muito difícil diante do impacto e da importância do trabalho nas suas vidas.

Nos tempos atuais a organização está ampliando sua visão e suas estratégias, percebendo que todos os processos da organização só podem ser realizados com os diversos parceiros como os acionistas, investidores, fornecedores, empregados, clientes e consumidores, todos contribuindo com algo na expectativa de obter um retorno, assim a Gestão de Pessoas se baseia em alguns aspetos fundamentais:

·         As pessoas como seres humanos: pessoas como pessoas e não meros recursos, pois elas possuem suas singularidades que devem ser olhadas e encaixadas no processo organizacional.

·         As pessoas como ativadores de processos organizacionais: Impulsiona a organização e são talentos indispensáveis para a empresa enfrentar um mundo competitivo cheio de desafios organizacionais.

·         As pessoas como parceiros da organização: Fazem esforço na organização com a finalidade de obter retorno do investimento, e são capazes de conduzir a organização a excelência e ao sucesso.

·         As pessoas como talentos fornecedores de competências: Pessoas como elementos vivos fornecedores de competências essenciais para o sucesso organizacional, qualquer empresa pode adquirir tecnologias que se equiparem aos concorrentes o grande desafio é construir competências similares e até mesmo ultrapassar os concorrentes.

·         Pessoas como capital humano da organização: pessoas como principal ativo organizacional que agrega inteligência ao negócio da organização.

As organizações perceberam que para serem bem sucedidas devem otimizar o retorno do investimento sobre o investimento de todos os parceiros, incluindo aqui os seus funcionários por isso os objetivos da gestão de pessoas devem: Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão;  proporcionar competitividade a organização e pessoas bem treinadas e bem motivadas; aumentar a autoatualização e a satisfação das pessoas do trabalho; desenvolver e manter a qualidade de vida no trabalho; administrar e impulsionar a mudança, manter políticas éticas e comportamentos socialmente responsáveis; construir a melhor empresa e a melhor equipe.



A gestão de pessoas deve criar todas as condições para aumentar o capital humano e intelectual e faz isso a partir de políticas e práticas para administrar o trabalho, que são : agregar talentos a organização; Integrar e orientar talentos em uma cultura participativa, acolhedora e empreendedora; Modelar o trabalho seja individual ou em equipe de maneira a torná-lo significativo, agradável e motivador, recompensar os talentos pelo excelente desempenho e pelo alcance de resultados como reforço positivo; Avaliar o desempenho humano e melhorá-lo continuamente; Comunicar, transmitir conhecimento e proporcionar retroação intensiva, treinar e desenvolver talentos para criar uma organização de aprendizagem; Proporcionar excelentes condições de trabalho e melhorar a qualidade de vida; Manter excelentes relações com talentos, sindicatos e comunidade em geral; Aumentar a competitividade dos talentos para incrementar o capital humano da organização e, consequentemente, o capital intelectual e incentivar o desenvolvimento organizacional.

Para atingir seus objetivos a gestão de pessoas usa seis processos básicos:

1.    Processos de Agregar Pessoas: Processo de incluir novas pessoas na empresa - recrutamento e seleção

2.    Processos de Aplicar Pessoas: Processos para desenhar as atividades que as pessoas devem realizar na empresa, além de orientar e acompanhar o desempenho – desenho de cargos e desenho organizacional, análise e descrição de cargos, orientação de pessoas e avaliação de desempenho.

3.    Processos de Recompensar Pessoas: Incentiva as pessoas e satisfaz suas necessidades – recompensa, remuneração, benefícios e serviços sociais.

4.    Processos de Desenvolver Pessoas: Capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal das pessoas - Treinamento e desenvolvimento, gestão do conhecimento e gestão de competências.

5.     Processos de Manter Pessoas: Cria condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas – Cultura e clima organizacional, higiene, segurança e qualidade de vida

6.    Processos de Monitorar Pessoas: Utilizados para acompanhar e controlar as atividades das pessoas e verificar resultados - Banco de dados e SIG- sistemas de informações gerenciais.

Deve-se ressaltar que administrar pessoas é uma responsabilidade de linha e função de staff ou seja:


Cada gestor fica responsável pelos recursos humanos alocados em seu departamento (responsabilidade de linha) e, para que essa atividade seja executada da melhor forma possível, a área de gestão de pessoas passa a atuar como órgão de assessoria e consultoria, para proporcionar aos gestores a devida orientação (regulamentos, normas e procedimentos) sobre como administrar seus profissionais (função de staff)( RIBAS, SALIM,2013,p.73)





Referências:

CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. Rio de janeiro: Elsevier, 2010.

RIBAS, A. L. SALIM, C. L. Gestão de pessoas para concurso. Alumnus, 2013

21 de novembro de 2015

8 passos para lidar com a ansiedade

 Estratégia A.C.A.L.M.E.-S.E.       Autor: Bernard Rangé


Aceitar a sua ansiedade. Um dicionário define aceitar como dar “consentimento a receber”. Concorde em receber suas sensações de ansiedade. Mesmo que lhe apareça absurdo no momento, aceite as sensações em seu corpo assim como você aceitaria em sua casa um hospede inesperado e desconhecido ou uma dor incomoda. Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação. Não lute contra as sensações. Resistindo, você estará prolongando e intensificando o seu desconforto. Ao invés disso, flua com ela.

Contemple as coisas a sua volta. Não fique olhando para dentro de você, observando tudo a cada coisa que sente. Deixe acontecer com seu corpo o que quiser, sem julgamento: nem bom nem mau. Olhe a sua volta, observando cada detalhe da situação em que você esta. Descreva-os minuciosamente para você, como um meio de afastar-se de sua observação interna. Lembre-se: você não é sua ansiedade. Quanto mais puder separar-se de sua experiência interna e ligar-se nos acontecimentos externos, melhor se sentira. Esteja com ansiedade, mas não seja ela; seja apenas observador.

Aja com sua ansiedade. Aja como se você não estivesse ansioso(a), isto é funcione com sua sensações de ansiedade. Diminua o ritmo, a velocidade com que você faz as coisas, mas mantenha-se ativo(a)! Não se desespere, interrompendo tudo para fugir. Se fugir, a sua ansiedade diminuirá, mas o seu medo aumentará, de onde na próxima vez a sua ansiedade será pior. Se você ficar onde esta- e continuar fazendo suas coisas- tanto a ansiedade quanto o seu medo diminuirão. Continue agindo. Bem devagar!

Liberte o ar dos seus pulmões, bem devagar, respire calmamente, inspirando pouco ar pelo nariz e expirando longa e suavemente pela boca. Conte até três, devagarinho, na inspiração, outra vez até três prendendo um pouco a respiração e até seis na expiração. Faça o ar ir para o abdome, estufando-o ao inspirar e deixando-o contrair-se ao expirar. Não encha os pulmões. Ao exalar, não sopre: apenas deixe o ar sair lentamente pela boca. Procure descobrir o ritmo ideal de sua respiração, nesse estilo e nesse ritmo, e você descobrirá como isso é agradável.





Mantenha os passos anteriores. Repita cada um, passo a passo. Continue a (1) aceitar sua ansiedade, (2) contemplar, (3) agir com ela e (4) respirar calma e suavemente ate que ela diminua e atinja um nível confortável. E ela irá, se você continuar repetindo estes quatro passos: aceitar, contemplar, agir e respirar.

Examine seus pensamentos. Talvez você esteja antecipando coisas catastróficas. Você sabe que elas não acontecem. Você já passou por isso muitas vezes e sabe que nunca aconteceu nada do que aconteceria. Examine o que você esta dizendo para si mesmo(a) e reflita racionalmente para ver se o que você pensa é verdade ou não: você tem provas sobre o que pensa é verdade? Há outras maneiras de entender o que lhe esta acontecendo? Lembre-se: você esta apenas ansioso(a)- isto pode ser desagradável, mas não é perigoso. Você está pensando que esta em perigo, mas tem provas reais e definitivas disso?

Sorria, você conseguiu! Você merece todo o seu crédito e todo seu reconhecimento. Você conseguiu, sozinho(a) e com seus próprios recursos, tranqüilizar-se e superar esse momento. Não é uma vitória pois não havia um inimigo, apenas um visitante de hábitos estranhos que você passou a compreender e aceitar melhor. Você agora saberá como lidar com visitantes estranhos.


Espere o futuro com aceitação. Livre-se do pensamento mágico de que terá se livrado definitivamente, para sempre de sua ansiedade. Ela é necessária para você continuar vivo(a). em vez de considerar-se livre dela, surpreenda-se pelo jeito como a maneja, como acabou de fazer agora. Esperando a ocorrência de ansiedade no futuro, você estará em uma boa posição para lidar com ela novamente.


19 de novembro de 2015

Harlow e sua experiência com macacos rhesus


     Para estudar o desenvolvimento de respostas afetivas de macacos neonatais , Harlow separou macacos de suas mães após o nascimento. Em seus experimentos, cada bebê teve acesso a duas mães artificiais, uma delas sendo uma armação de arame com rosto de madeira e uma mamadeira à altura do peito, e a outra mais ou menos semelhante, mas revestida de um tecido felpudo. Os bebês ficavam com ambas as mães, mas à medida que cresciam, mostravam uma forte ligação com a mãe de pano. 
    Quando se deparavam com um intruso, por exemplo, um urso mecânico de pelúcia, fugiam para junto da mãe de pano, agarravam-se a ela e, então, confortados e sem medo, examinavam o urso. Do mesmo modo, quando colocados numa sala estranha, procuravam imediatamente a mãe de pano e se agarravam a ela em busca de consolo, antes de iniciarem a exploração.






Fonte:

17 de novembro de 2015

Questões de Psicologia - Psicologia do desenvolvimento.


(FGV)MP-MS 2012
60) Um estudo clássico mostrou que filhotes de macacos rhesus, colocados em situações de stress, dirigiam-se para “mães” cobertas com tecido macio em vez de buscarem “mães” de arame, capazes de alimentá-los por meio de dispositivos conectados às mamadeiras.
Tais estudos tiveram importante influência na Psicologia do Desenvolvimento, abrindo novas discussões sobre a formação precoce dos vínculos.
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.

I. Os estudos sobre a “mãe” de arame x a “mãe” de pano foram realizados por Harlow.
II. Os estudos sobre a “mãe” de arame influenciaram a Teoria do Apego de Bowlby.
III. A Teoria do Apego de Bowlby considera que a tendência para constituir vínculos de apego é inata.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

70) Com relação às novas contribuições para o estudo do desenvolvimento humano, assinale a afirmativa incorreta.

(A) As pessoas não podem ser estudadas sem que se leve em conta o meio ambiente, de acordo com os contextualistas.
(B) O principal representante da corrente sócio-cultural é Yuri Brofenbrener.
(C) A perspectiva etológica preocupa-se com as bases biológicas e evolutivas do comportamento.
(D) A estampagem é um conceito que diz respeito à predisposição para aprendizagem.
(E) A pesquisa etológica valoriza a observação naturalista, que pode ser combinada com outros métodos.



RESPOSTAS:

60) R: E
Experimentos com macacos rhesus, feitos por Harry Harlow na década de 50, mostraram que o apego não surge por causa das satisfações alimentares (num modelo de macaco confeccionado com arame), mas sim em razão do aconchego que eles encontravam num modelo de tecido, o que influenciou  Bowby que denominou o vínculo mãe-filho de apego

70) R: B
Teoria sóciocultural tem como seu principal representante Vygotsky. A Teoria de Urie Bronfenbrenner é a Bioecológica em que o desenvolvimento é definido como o fenômeno de continuidade e mudança nas características biopsicológicas dos seres humanos, tanto como indivíduos quanto em grupos. O fenômeno extende-se ao longo do curso de vida em sucessivas gerações através do tempo histórico presente e passado.




Referências:
DE TONI, Plínio Marco et al . Etologia humana: o exemplo do apego. Psico-USF, Itatiba.V.9, 2004.< http://www.scielo.br/pdf/pusf/v9n1/v9n1a12.pdf>

15 de novembro de 2015

Poder Familiar

MULHER PROTESTA MAS PERDE PODER SOBRE FILHAS DE 7 E 10 ANOS POR DESCASO

    Notícia Site do TJ – SC em 21/05/2014 18:56

   Na apelação, a mãe atacou a prova emprestada da outra ação, por falta de acesso ao seu conteúdo e também pela ausência do contraditório. Clamou por seu direito de ampla defesa. Afirmou não haver risco às menores e garantiu seu empenho em garantir as obrigações legais de sua condição de mãe. Por fim, afirmou que a pobreza material não pode servir de motivo para a retirada brusca das meninas da família biológica. Seus argumentos foram em vão.

    Há informações nos autos sobre possível abuso sexual ocorrido no lar, que chegou ao conhecimento da mãe sem que esta tomasse qualquer atitude.  “O acolhimento das menores se deveu ao fato de que, após várias denúncias e conversas com a mãe das infantes, esta pediu ao Conselho Tutelar para que cuidasse das meninas até que ela pudesse se organizar, de modo que outra alternativa não havia, senão a institucionalização das meninas, com a consequente instauração do procedimento próprio”, explicou o desembargador Ronei Danielli, relator da matéria. A decisão foi unânime.

  A 6ª Câmara de Direito Civil do TJ manteve sentença que destituiu o poder familiar de uma mãe sobre suas duas filhas, de sete e 10 anos. Os motivos da subtração foram provas amealhadas de outro processo judicial – prova emprestada – que configuraram sua absoluta falta de condições para permanecer com as crianças, por contas dos riscos inerentes. 


      Poder familiar é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, no tocante à pessoa e aos bens dos filhos menores.
  O estatuto da criança e do adolescente no seu Art. 19 afirma: Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes;§ 3o  A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em programas de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo único do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. 

Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.

 Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar.
§ 2o A condenação criminal do pai ou da 
mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha.


Art. 24. A perda e a suspensão do  poder familiar serão decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.

Referências:

13 de novembro de 2015

Testes Psicológicos


A Resolução CFP n.º 002/2003 define testes psicológicos como: Art. 1º - Os Testes Psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas, constituindo-se um método ou uma técnica de uso privativo do psicólogo, em decorrência do que dispõe o § 1°do Art. 13 da Lei n° 4.119/62.

Parágrafo único. Para efeito do disposto no caput deste artigo, os testes psicológicos são procedimentos sistemáticos de observação e registro de amostras de comportamentos e respostas de indivíduos com o objetivo de descrever e/ou mensurar características e processos psicológicos, compreendidos tradicionalmente nas áreas emoção/afeto, cognição/inteligência, motivação, personalidade, psicomotricidade, atenção, memória, percepção, dentre outras, nas suas mais diversas formas de expressão, segundo padrões definidos pela construção dos instrumentos.

Classificação dos Testes psicológicos:

1.    Segundo o método utilizado:

Psicométricos: é aquele cujas normas gerais utilizadas são quantitativas, o que quer dizer que o resultado é um número ou medida
Projetivos: São aqueles cujas normas são qualitativas, ou seja, são testes menos objetivos. O resultado se expressa através de uma tipologia



2.    Segundo a Finalidade:

Testes de Velocidade, ou Rapidez: Os testes puros de velocidade medem a rapidez de raciocínio ou execução de determinada tarefa, caracterizam-se pelo tempo certo de administração e pelo fato de serem homogêneos, isto é, medirem o mesmo fato comum em todos os itens muito fáceis para se ter como variável apenas a rapidez de execução
Testes de Potência, ou Nível: São aqueles que medem, não a rapidez da execução, mas a qualidade da mesma, avaliam a potencialidade do indivíduo em relação a alguma característica.

3.    Segundo a Influência do Examinador

Pessoais: Casos em que é extremamente necessária a presença do examinador para explicar a tarefa, observar atitudes, etc., sua personalidade e sua conduta influem consideravelmente no resultado
Impessoais: O examinador se limita a administrar o rapport, geralmente esses testes são auto-administrados ,pois vêm com instruções impressas, cabendo ao examinando apenas segui-las para respondê-las

4.    Segundo o Modo de Administração:

Individuais: Aquele que exige apenas a presença de um examinador e um examinando
Coletivos: São realizados em grupo, apresentando como vantagem a economia de tempo
Autoadministrados: Testes que possuem instruções na capa, não determinam tempo e dispensam a presença de um aplicador

5.    Segundo o Atributo Medido

Aproveitamento ou realização: Os testes de aproveitamento servem para medir o grau de eficiência na realização de uma tarefa aprendida, O objetivo é medir, objetivamente, o conhecimento que o indivíduo adquiriu sobre algo, em relação ao seu grupo
Aptidão: Medem o “potencial ” do indivíduo para aprender ou realizar uma tarefa.
Personalidade: Os testes de personalidade medem as características de personalidade propriamente ditas, que não se referem aos aspectos cognitivos da conduta


 Referências Bibliográficas:

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